Universidade Federal de Sergipe
O grupo GEADAS organiza o II SENAL “ Oralidade e escrita na prática escolar” no mês de maio de 2012
Um dos grandes desafios da escola, no século XXI, é o de trabalhar pedagogicamente textos orais e escritos em diferentes linguagens. Muitos alunos sentem dificuldades de compreender os discursos produzidos, não se constituindo, de fato, em leitores e produtores de textos das diferentes mídias que circulam socialmente. Em muitas situações de ensino, evidencia-se a supremacia da escrita sobre a oralidade, apagando relações profundas que há entre as duas modalidades. A maior parte do tempo, a escola investe no domínio da escrita, dando pouca ênfase ao trabalho com a oralidade. Podemos nos questionar, então, de que maneira o trabalho com a oralidade vem sendo realizado na escola? Qual o papel da oralidade no desenvolvimento da escrita e a escrita no desenvolvimento da oralidade? Em que medida as representações formuladas no discurso escrito e no discurso oral são refletidas nas dinâmicas escolares?
Diante destes questionamentos, a temática deste ano irá explorar a relação oralidade e escrita a partir da visão de produção de texto assumida por perspectivas tradicionais e contemporâneas. Sabemos que os materiais didáticos e as práticas pedagógicas refletem diferentes concepções de ensino-aprendizagem da língua materna, demonstrando grandes variações. Dependendo do modo como se concebe a língua e as práticas de interação verbal, a compreensão do fenômeno oralidade e escrita ganha matizes. Desta forma, podemos adotar uma visão compartimentada dos fenômenos linguístico-discursivos ou abraçar uma abordagem sociointeracionista que valoriza a dinamicidade das práticas sociais de uso da língua. Os efeitos das duas concepções de ensino-aprendizagem têm gerado um grande debate e controvérsias.
Perguntamos, então, como as modalidades oral e escrita têm sido apreciadas por estas tendências no que tange ao ensino da língua materna? Como o ensino da língua materna pode ajudar no desenvolvimento de competências voltadas para a produção de textos orais e escritas? De que maneira os trabalhos com os gêneros discursivos, o reconto de narrativas, a retextualização, a reescrita e a revisão de textos têm se configurado como propostas de ensino? Estas são algumas questões que ainda precisam de muita reflexão para entender os procedimentos didático-metodológicos de ensino da língua materna no espaço escolar. Neste sentido, propomos como tema central do II SENAL reflexões sobre a relação oralidade e letramento e sua interferência no ensino da língua materna.
Envio de trabalho até 31 de agosto de 2012
Informações: www.senal2012.com.br
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